Escolha uma Página

A telemedicina é uma tecnologia que está revolucionando a saúde em todo o mundo. Como já vimos em várias postagens aqui do blog, ela é definida como o intercâmbio de informações médicas por tecnologias de comunicação a fim de fornecer serviços de saúde, como apoio ao diagnóstico remoto, tratamento remoto e monitoramento de pacientes. 

Essa tecnologia está transformando a forma como os cuidados de saúde estão sendo prestados e os tornando mais acessíveis, mesmo em áreas remotas e com baixa taxa de cobertura. Ou seja, ela é particularmente útil em áreas onde o acesso aos cuidados de saúde é limitado devido à geografia, pobreza ou demografia.

Ao usar a telemedicina, os pacientes podem receber acesso oportuno a cuidados médicos, enquanto os médicos e instituições têm a oportunidade de melhorar a qualidade dos cuidados e reduzir os custos. À medida que a telemedicina continua a crescer e se tornar mais aceita, é provável que se torne uma parte importante da prestação de cuidados de saúde nos próximos anos. Quer saber como está o panorama em alguns países do mundo? Confira nosso artigo sobre o tema!

A Telemedicina na Alemanha

Os serviços de telemedicina na Alemanha são regulamentados pelo Ministério Federal da Saúde e têm crescido em popularidade nos últimos anos. Eles são fornecidos por uma variedade de provedores, tanto públicos quanto privados. A maioria dos serviços telemédicos é fornecida por empresas privadas. No entanto, provedores públicos, como fundos de seguro de saúde estatutários, hospitais e universidades também oferecem serviços. 

Os serviços de telemedicina na Alemanha podem ser divididos em duas categorias: serviços de telemedicina prescritos e serviços de telemedicina reembolsáveis:

  • Os serviços de telemedicina prescritos são serviços específicos e especificados na lei médica alemã. Esses serviços são normalmente fornecidos para diagnóstico remoto, terapia e monitoramento remoto do paciente;
  • Os serviços de telemedicina reembolsáveis são serviços que não são especificados na lei médica, mas ainda são aceitos e reembolsados pelas seguradoras de saúde pública. Esses serviços são normalmente fornecidos para consultas remotas e visitas de acompanhamento. Para serem elegíveis para reembolso, os serviços devem atender a certos critérios e devem ser prescritos por um médico. 

LEIA TAMBÉM:

3 RISCOS DA SAÚDE DIGITAL E COMO MITIGÁ-LOS

INTEROPERABILIDADE E BIG DATA: O QUE VOCÊ, MÉDICO, TEM A VER COM ISSO?

9 TENDÊNCIAS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL MÉDICA PARA 2023


Telemedicina no Japão

Como era de se esperar de um país sempre na vanguarda da tecnologia, o Japão vem transformando a telemedicina em uma estratégia de saúde pública — como deveria estar acontecendo no Brasil! O Japão vem expandindo seu uso da telemedicina nos últimos anos, com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar (MHLW) e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e Comunicações (NICT) liderando o processo. A telemedicina no Japão tem sido utilizada para:

  • tratar doenças crônicas;
  • apoiar atendimento de emergência;
  • permitir consultas remotas, principalmente em regiões mais afastadas. 

O MHLW tem implantado serviços de telemedicina em mais de 2.000 hospitais e clínicas em todo o país, permitindo que os prestadores de cuidados de saúde acessem atendimento especializado, conselhos e registros de pacientes em tempo real. 

O NICT desenvolveu um sistema avançado que permite que os especialistas em saúde acessem dados, diagnósticos e opções de tratamento do paciente remotamente. O sistema também registra e armazena as informações médicas do paciente, permitindo o rastreamento preciso dos registros médicos e a melhoria da comunicação entre os profissionais de saúde. Além disso, o NICT também está lançando um aplicativo para smartphone que permite que os pacientes acessem facilmente seus registros médicos e se comuniquem com seus profissionais de saúde. 

Com o aumento do uso da telemedicina no Japão, o país vem aumentando a acessibilidade dos serviços de saúde. Além disso, o uso da tecnologia de telemedicina está ajudando a reduzir custos, melhorar a eficiência e aumentar a segurança do paciente.

Telemedicina nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a telemedicina é regulamentada em nível estadual, embora algumas leis e regulamentos federais também sejam aplicados de forma subsidiária. Tradicionalmente, as estratégias de saúde americana contam com ampla participação da iniciativa privada, especialmente as associações médicas. Nesse sentido, a American Telemedicine Association (ATA) e suas afiliadas estaduais desenvolveram políticas e regulamentos modelo para facilitar a adoção da telemedicina nos Estados Unidos. 

O modelo ATA recomenda que qualquer prática de telemedicina deve incluir o mesmo padrão de atendimento como se o paciente estivesse visitando o médico pessoalmente. Isso exige que o profissional seja devidamente licenciado no estado em que o paciente está localizado.

Além disso, a ATA recomenda que os profissionais sigam os mesmos padrões profissionais, éticos e legais de qualquer outro profissional de saúde. Isso inclui obter o consentimento informado do paciente, obter um histórico de saúde e adotar as medidas cabíveis para manter a privacidade e a segurança do paciente.

No nível federal, o Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA) fornece as diretrizes para a privacidade e segurança das informações relacionadas à saúde. A HIPAA exige que todas as informações compartilhadas entre profissionais de saúde e pacientes sejam feitas de forma criptografada e não sejam divulgadas a terceiros sem a expressa autorização do paciente.

Na saúde pública, os Centros de Serviços Medicare e Medicaid (CMS) também regulam a telemedicina. O CMS exige que os profissionais usem a telemedicina para fornecer a mesma qualidade de atendimento que fariam se o paciente estivesse no consultório. Além disso, para o atendimento ser elegível para receber o reembolso do Medicare por serviços de telemedicina, o paciente deve estar localizado em uma área geográfica considerada uma área de escassez de provedores de assistência médica.

Finalmente, a Federal Communications Commission (FCC) regulamenta a infraestrutura de telecomunicações usada para fornecer serviços de telemedicina. A FCC financia o desenvolvimento e implantação de infra-estrutura avançada de telecomunicações, incluindo o uso de banda larga e redes sem fio, a fim de facilitar o acesso à telemedicina.

Portanto, a telemedicina é uma ferramenta fundamental para melhorar a saúde global. Ao fornecer acesso a serviços de saúde para populações carentes em locais remotos, a telemedicina tem o potencial de preencher lacunas na prestação de cuidados de saúde e reduzir as disparidades nos resultados de saúde. A telemedicina também pode melhorar o acesso a cuidados especializados, reduzir custos e aumentar a eficiência na prestação de cuidados de saúde.


LANÇAMENTOS RECENTES

PODCAST #182 – COMO INICIAR UM NEGÓCIO DIGITAL

PODCAST #181 – BLOCKCHAIN ALÉM DAS CRIPTOMOEDAS

PODCAST #180 – CANNABIS E PSILOCIBINA NA SAÚDE MENTAL