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cirurgia robótica

A cirurgia robótica foi um dos maiores avanços da saúde digital nos últimos anos. Com ela, tem sido possível uma nova modalidade de telemedicina, — a telecirurgia. Assim, é possível que um médico localizado no Japão possa fazer parte da equipe cirúrgica de um paciente no Brasil.

Como todo tratamento médico, essa modalidade precisa passar por uma ampla investigação científica para avaliar os riscos e os benefícios dos pacientes. Nos últimos anos, houve muitos avanços! Sabemos que ela pode ser aplicada em uma ampla gama de procedimentos, como ressecções de tumores pulmonares e prostatectomias totais.

Quer entender melhor o tema? Acompanhe!

O que é cirurgia robótica?

A cirurgia robótica, também conhecida como cirurgia assistida por robôs, é um procedimento minimamente invasivo. Nela, as manobras operatórias são realizadas por braços mecânicos controlados por um cirurgião capacitado. Ela vem sendo utilizada em diversas especialidades médicas, como a cirurgia torácica, a urologia, entre outras.

Seus entusiastas e desenvolvedores afirmam que ela permite maior flexibilidade, controle e precisão em comparação a outras modalidades.

Tecnicamente, a cirurgia robótica é uma modalidade de cirurgia minimamente invasiva guiada por vídeo. Por esse motivo, ela é frequentemente confundida com a videocirurgia. No entanto, como se explicará mais à frente, a sua técnica é muito distinta em relação às tradicionais.

O princípio básico da cirurgia robótica é o mesmo, independentemente do equipamento:

  • De um lado, temos um cirurgião que realiza comandos para a máquina, geralmente ele manipulando um controle (veja um exemplo abaixo). No entanto, há equipamentos que permitem inclusive o controle por voz. Ele visualiza o sítio cirúrgico em uma tela, controlando a ampliação óptica do equipamento;  
  • Do outro, temos braços mecânicos que respondem aos comandos feitos pelo cirurgião. Ao contrário dos robôs de ficção científica, ele não tem “inteligência”, sendo apenas um conjunto de braços mecânico. 

cirurgia robótica

 

Atualmente, há duas modalidades de cirurgia robótica amplamente difundidas atualmente.

Em uma delas, a teletransmissão é local. Ou seja, é feita a condução direta dos comandos do console para os braços robóticos através de fios conectados entre eles. O cirurgião que controla o equipamento está na sala de cirurgia.

Na outra, a transmissão dos comandos pode ser feita pela Internet e o cirurgião poderá estar a centenas de quilômetros do paciente. Nessa situação, uma equipe ficará de prontidão para dar toda a assistência, principalmente em caso de conversão para uma cirurgia aberta.

Isso tem permitido muitos avanços para a medicina, facilitando a educação médica e a difusão de técnicas avançadas. Por exemplo, um cirurgião japonês especializado na ressecção de tumor poderá fazer conduzir telecirurgias no Brasil e treinar os cirurgiões que estão na sala para replicarem as técnicas.

Diferenças entre a cirurgia robótica, a videocirurgia tradicional e as cirurgias abertas

A cirurgia aberta é jogar o futebol na quadra. São as manobras e a força mecânica do cirurgião que fazem a diérese (corte), a exposição dos planos, a exérese (retirada de tecidos), a hemostasia e a síntese (fechamento dos cortes). 

Já as videocirurgias se comparam a futebol de mesa (chamado de pebolim ou totó em algumas regiões). O cirurgião controla os equipamentos diretamente, mas não precisa expor os tecidos com grandes cortes.

A visualização é feita por vídeo. Isso permite a ampliação de campos e outras vantagens. Assim, há uma superação de algumas limitações dos sentidos humanos, como a visão.

Cada passo da cirurgia é facilitado por equipamentos próprios e delicados, o que otimiza as manobras e as tornam mais precisas. No entanto, a força mecânica e os movimentos do cirurgião ainda são os responsáveis pelo trabalho da operação.

videocirurgia tradicional

A cirurgia robótica é como jogar FIFA, — ou outro jogo de futebol em videogames. Ele não exerce nenhuma força direta nos órgãos e tecidos.

Nesse sentido, uma das críticas feitas é que o distanciamento das sensações pode levar a uma maior chance de erros. Afinal, quem já esteve em uma cirurgia sabe que o tato, o olfato e a audição podem ajudar a guiar as decisões.

No entanto, a cirurgia robótica pode trazer mais precisão e objetividade, reduzindo erros causados pelos limites dos nossos sentidos.  Além disso, há sempre um cirurgião in loco para fornecer desses dados quando forem necessários,.

A experiência do paciente e do cirurgião, portanto, é diferente em cada uma dessas modalidades. Da mesma forma, não existe uma modalidade intrinsecamente superior a outra.

Os benefícios e limitações não podem se basear nas crenças, individuais, mas nas evidências científicas. Eles são descobertos por meio de pesquisas clínicas bem conduzidas e interpretadas de acordo com os princípios metodológicos.

Há casos em que a cirurgia robótica apresenta vantagens. Em outros, ela é mais limitada e deve ser evitada. Portanto, a escolha pela modalidade dependerá das indicações, do expertise do cirurgião e da individualidade de cada quadro.

História da cirurgia minimamente invasiva robótica

Naturalmente, ligamos os robôs à modernidade e ao futuro. No entanto, os conceitos da robótica foram desenvolvidos ainda no início do século XX. 

À medida que a Revolução Industrial promovia avanços nos modelos de produção, muitos futuristas da época visualizaram um futuro em que as máquinas executariam grande parte das tarefas manuais. O termo “robô” surgiu justamente dessa ideia, tendo se originado da palavra tcheca para trabalho, — robota. 

Contudo o primeiro sistema robótico para cirurgias foi criado em 1985, o PUMA (Programmable Universal Machine for Assembly). Ele foi desenvolvido especificamente para a realização de biópsias neurocirúrgicas. Com o tempo, foi adaptado também para afecções urogenitais. 

A partir da década de 1990, o desenvolvimento dessas plataformas  de cirurgia robótica cresceu vertiginosamente. Em 1992, foi lançado o Robodoc® Surgical System, que permitiu a introdução da robótica na cirurgia ortopédica. Ele era capaz de realizar procedimentos tão complexos quanto uma prótese total de quadril. 

As próximas gerações de sistemas robóticos para cirurgias foram progressivamente incluindo novas funcionalidades, como o comando de voz. Morrell et al, 2021  explica que esses primeiros avanços surgiram logo no começo do século XXI:

O AESOP 2000 eliminou a necessidade de um auxiliar para segurar o endoscópio. A plataforma evoluiu para o AESOP 3000®, aumentando os graus de liberdade, e teve a plataforma final com o AESOP HR (HERMES Ready), tendo controle de voz integrado e funções como sala cirúrgica, iluminação e movimento da mesa de operação.

Nas últimas décadas, a evolução continuou com a incorporação de ferramentas da Transformação Digital.

Assim, surgiram os sistemas mais usados atualmente, como Intuitive Surgical fourth generation robot. Ele é mais conhecido como robô da Vinci. Ele apresenta diversas funcionalidades muito interessantes, como:

  • visualização 3D do campo cirúrgico;
  • uma plataforma de controle imersiva, baseada em realidade virtual;
  • maior variedade de movimentos dos braços robóticos;
  • integração com tecnologias de imagem fluorescente para permitir um diagnóstico em tempo real;
  • console que gera respostas táteis para aumentar a imersão do cirurgião (Morrell et al, 2021).

Como funciona a cirurgia robótica?

A cirurgia robótica é, em grande parte, semelhante a qualquer outro tipo de videocirurgia.

Na diérese, em vez de realizar um corte para a exposição dos tecidos, são feitas pequenas incisões para a inserção dos instrumentos e da câmera. Então, as imagens dos campos são transmitidas, em tempo real, para um vídeo.

Portanto, não há visualização direta dos tecidos pelos olhos do cirurgião. As manobras de exérese e hemostasia são feitas pelos instrumentos com base nas imagens transmitidas.

Com isso, há a vantagem de ampliação óptica e maior acurácia na visualização das lesões. Assim, pode-se promover uma maior preservação dos tecidos saudáveis.

No entanto, as videocirurgias apresentavam algumas limitações. Por exemplo, os instrumentos utilizados geralmente diminuem a diversidade e a amplitude de movimentos. Esse foi um dos problemas que a cirurgia robótica tentou resolver.

Um conceito essencial para compreender a cirurgia robótica é o de grau de liberdade. São os tipos de movimento que um instrumento pode fazer. O braço humano conta com seis. Os braços robóticos mais modernos contam com sete:

  • inclinação;
  • guinada;
  • inserção;
  • inclinação interna;
  • guinada interna;
  • rotação;
  • preensão.

Além disso, não se trata apenas da quantidade, mas das possibilidades. Por exemplo, o braço humano não é capaz de realizar uma rotação em 360º de forma contínua. Os braços robóticos, sim.

Na prática, um cirurgião ficará em uma estação, onde visualiza o campo cirúrgico por meio de uma videotransmissão. Ele poderá controlar o grau de ampliação das objetivas para obter um maior ou menor detalhamento das estruturas. Com botões e controles que respondem aos movimentos de seu braço e das mãos, ele comanda as ações dos braços cirúrgicos. 

Os sistemas mais avançados contam ainda com ferramentas de inteligência artificial que aumentam a precisão dos movimentos. O Da Vinci Xi, por exemplo, apresenta um filtro de movimento em seu software  para eliminar  a influência de tremores e comandos involuntários. 

Aplicações da cirurgia robótica

Na tabela seguinte, você encontrará algumas áreas da cirurgia e os links para artigos com mais detalhes sobre as técnicas, seus riscos e seus benefícios no tratamento de algumas afeccções:

Área da cirurgia Procedimentos
Cirurgia cardíaca
Cabeça e pescoço
Cirurgia geral
Cirurgia da coluna vertebral
Urologia

Portanto, a cirurgia robótica é mais uma evidência que o futuro da medicina já chegou. O médico não pode esperar indefinidamente que a saúde digital chegue amanhã ou depois. Afinal, ela já está aí e o momento de se preparar é agora. 

Você é médico e quer visualizar o futuro da medicina e da área da saúde?

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