Conexa Saúde colhe os frutos da telemedicina – Diretor-presidente do Instituto Akatu e colaborador da Folha de São Paulo, Helio Mattar disse recentemente, em sua coluna publicada no jornal, que a pandemia do coronavírus tem atuado como “aceleradora de futuros, tornando lugar-comum formas até há pouco incipientes de viver ou que ainda não haviam sido adotadas em larga escala”. Na área de saúde, um bom exemplo dessa aceleração ocorreu em relação à telemedicina.
Em março, como se sabe, o Ministério da Saúde publicou portaria autorizando, em caráter excepcional e temporário, o emprego da telemedicina no país para, conforme a portaria, “atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, de consulta, monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e comunicação, no âmbito do SUS, bem como na saúde suplementar e privada”.
Muitas empresas da área de saúde se viram então, de uma hora para a outra, tendo que correr contra o tempo para atender a demanda por essa solução tecnológica — vale aqui fazer um parênteses para lembrar que os defensores da telemedicina enfrentavam, havia anos, uma verdadeira batalha legal e de convencimento para que a prática fosse regulamentada no país.
Expertise adquirida nos últimos anos foi determinante para o sucesso
Entre as empresas de tecnologia em saúde que saíram na frente nessa corrida pelo uso da telemedicina está a Conexa. E isso não foi por acaso, como conta o médico cardiologista Guilherme Weigert, CEO da Conexa e cofundador da Jaleko, uma plataforma de ensino para alunos de medicina.
Segundo Guilherme, a expertise adquirida pela Conexa nos últimos anos foi determinante para o sucesso da ferramenta de telemedicina da empresa durante a pandemia. Antes da portaria, a Conexa trabalhava apenas com teleinterconsulta entre profissionais de saúde, em dois modelos de negócio.
Um deles um business to business (B2B) focado em garantir acesso médico à saúde para empresas e seus colaboradores. Outro voltado para hospitais e planos de saúde no modelo software as a service (SaaS), que foi essencial para a Conexa aprimorar sua ferramenta de telemedicina em razão das diferentes jornadas do paciente, seja ele cardiológico, oncológico, etc.
Conexa Saúde colhe os frutos da telemedicina – Na era digital, se preocupe com a escala
“Esses dois modelos alavancaram a Conexa. Testamos muitas hipóteses, muitas versões de produto, muita experiência do usuário, tanto do paciente quanto do profissional de saúde. Fomos ajeitando a nossa plataforma e criando caracterisiticas para ela ser personalizável e não customizável, oferecendo modelos de atendimento imediato, atendimento agendado, com especialista, com clínico geral, com prescrição…”, conta Guilherme, que calcula o número de consultas à época em menos de 3 mil ao mês.
Já durante a pandemia a ferramenta da Conexa chegou a suportar 14 mil atendimentos por dia. Isso graças a outro aspecto essencial no modelo de negócios da empresa, a escalabilidade. “O grande vetor de tecnologia é: sempre se preocupe com a escala”, ensina Guilherme.
“Preparamos uma arquitetura de escala que a partir do momento em que o uso da plataforma aumentava íamos subindo os servidores automaticamente. Não esperávamos que o crescimento fosse tão rápido e abrupto, mas conseguimos suportar 14 mil consultas por dia enquanto isso alguns hospitais enormes nos Estados Unidos estavam saindo do ar”, comemora ele.
Empreendedorismo e tecnologia na graduação
Formado na Faculdade de Medicina da UFRJ em 2012, Guilherme começou a se aventurar no empreendedorismo e na tecnologia da informação ainda durante a graduação. Entre 2010 e 2011 ele desenvolveu uma plataforma para falar sobre conteúdo médico e carreira médica, esse foi o início da Jaleko.
Em 2016 teve início sua trajetória na Conexa, cujos números atuais (mais de 1 milhão de teleconsultas e mais de 4,6 milhões de pacientes) justificam o título de a maior e mais completa plataforma de telemedicina da América Latina.
“Em 2016 eu estava com muita vontade de empreender e fazer algo de alto impacto. Entendi que o meu propósito não era ganhar dinheiro, mas sim fazer algo muito relevante e disruptivo, que impactasse muita gente na área da saúde”, afirma.
Conexa Saúde colhe os frutos da telemedicina – Popularizar o acesso à saúde por meio da telemedicina
Popularizar o acesso à saúde por meio da telemedicina é justamente o mais recente projeto da Conexa. “A gente sabe que menos de 20% da população tem plano de saúde. Então são mais de 75% sem acesso à saúde digital. Abrimos há três meses uma frente de negócio para esses pacientes sem plano de saúde, oferecendo soluções médicas, clínicos, especialistas e outros profissionais de saúde como nutricionistas e psicólogos. Então hoje a Conexa fala com todos os stakeholders de saúde, ou grande parte pelo menos, e tem uma solução para cada um deles”, conta.
Guilherme aconselha os estudantes de medicina a priorizar o paciente. “O paciente mudou e o médico inevitavelmente tem que mudar também”, diz ele, destacando a importância na experiência do paciente.
Segundo ele, processos centralizados no paciente são a tônica na saúde digital. E o médico precisa entender que isso passa não só pelo uso de plataformas digitais na rotina de trabalho, mas também na presença em mídias sociais para poder ser encontrado por esse paciente pós-pandemia que já vive a medicina do futuro.
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Ficou interessado no assunto e quer saber mais? Ouça aqui o podcast do Saúde Digital com o médico e CEO da Conexa Guilherme Weigert.
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