A oncologia dermatológica trata dos tumores em tecidos cutâneos. Estratégias de tratamento baseadas em inovação têm sido historicamente usadas para essas condições, incluindo avanços em técnicas cirúrgicas, radiação e quimioterapia e novos medicamentos para melhorar os resultados dos pacientes. Por exemplo, as imunoterapias, como o uso de inibidores de checkpoint, agora estão sendo usadas para cânceres dermatológicos que eram considerados intratáveis no passado.
Além dos avanços na terapêutica, a oncologia dermatológica também se beneficia de melhorias nos diagnósticos. Novas tecnologias de perfil molecular, como análise de biomarcadores por inteligência artificial, estão permitindo que os médicos desenvolvam perfis moleculares abrangentes de tumores, permitindo o gerenciamento personalizado preciso de muitos tipos diferentes de câncer de pele.
Essas inovações estão abrindo caminho para diagnósticos e prognósticos mais precisos do câncer de pele, além de permitir caminhos de tratamento mais personalizados para cada paciente. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe nosso post!
As terapias direcionadas e imunoterapia para melanomas metastáticos
Avanços recentes na terapia direcionada para melanomas têm sido um verdadeiro divisor de águas no tratamento desse tipo desafiador de câncer. A terapia direcionada funciona visando aos biomarcadores únicos do câncer do indivíduo, como alterações no DNA ou em certas proteínas.
Com isso, é possível reduzir ou interromper o crescimento de células cancerígenas com o mínimo de ação sobre as células saudáveis, o que traz menos efeitos colaterais indesejados do que a quimioterapia ou radiação tradicional.
Os inibidores de checkpoint e inibidores de BRAF estão entre as terapias direcionadas mais promissoras para melanomas. Os medicamentos inibidores do ponto de controle trabalham para reforçar o ataque do sistema imunológico às células cancerígenas enquanto os inibidores BRAF bloqueiam os sinais anormais que alimentam o crescimento e a disseminação do melanoma.
Embora essas terapias tenham tido um sucesso surpreendente para alguns pacientes, sua complexidade e o fato de não funcionarem para todos os pacientes destacam a necessidade de mais inovação na terapia direcionada para melanomas.
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Inteligência artificial para predição prognóstica e diagnóstica
A inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais importante na detecção, diagnóstico e prognóstico do câncer de pele. A tecnologia AI é usada para analisar dados de imagens de pele para detectar áreas suspeitas e diagnosticar câncer de pele. Os programas de IA são projetados para reconhecer as nuances de uma doença de pele e identificar sua causa mais provável.
A IA também pode ser usada para fazer um prognóstico da progressão de um câncer de pele com base em informações, como forma e tamanho da lesão, tipo histológico, avaliação de biomarcadores, características dos pacientes e tratamentos disponíveis. Ao aplicar algoritmos de IA a um grande número de conjuntos de dados históricos, os programas podem determinar como um determinado tipo de câncer de pele provavelmente se desenvolverá, permitindo que os médicos forneçam melhores tratamentos e diagnósticos mais rápidos
Além disso, a IA pode ser usada para monitorar pacientes ao longo do tempo, permitindo que os médicos acompanhem melhor o desenvolvimento de um câncer de pele, ajudando-os a orientar seus planos de tratamento de acordo.
Nanotecnologia para o tratamento do câncer de pele
Nanopartículas feitas de materiais direcionados estão sendo desenvolvidas tanto para administração de medicamentos direcionados quanto para fins de diagnóstico. São partículas de tamanho submicrométrico que têm usos potenciais no campo de pesquisas médicas sobre o câncer. Recentemente, a nanotecnologia tem sido extensivamente investigada por seu potencial para melhorar a precisão do diagnóstico e tratamento do câncer de pele.
Além disso, as nanopartículas também podem ser usadas para entregar agentes terapêuticos diretamente aos locais de tumores cancerígenos, o que pode aumentar a eficácia do tratamento e reduzir os efeitos colaterais associados à administração dos medicamentos.
Por exemplo, nanopartículas de ouro revestidas com agentes terapêuticos podem ser usadas para atingir e destruir células cancerígenas. Da mesma forma, nanopartículas magnéticas modificadas na superfície podem ser usadas para estimular o sistema imunológico, o que pode ser um tratamento eficaz para o câncer de pele.
Terapia fotodinâmica
A terapia fotodinâmica (PDT) é uma forma de tratamento para câncer de pele que usa luz e uma droga fotossensibilizante para destruir células anormais no corpo. É mais comumente usado para tratar lesões de pele, como ceratoses actínicas, câncer basocelular nodular e câncer de pele de células escamosas.
Uma pró-droga droga fotossensibilizadora, geralmente um creme tópico ou medicação oral, é aplicada na pele afetada para permitir que a luz seja absorvida pelas células anormais, tornando-as sensíveis à luz. A luz é então direcionada para a área afetada para ativar a droga.
A PDT é frequentemente usada como uma alternativa aos procedimentos cirúrgicos e é segura, eficaz e econômica. Quando usada com radioterapia, a PDT pode ajudar a reduzir os possíveis efeitos colaterais associados à radiação, bem como melhorar os resultados do paciente.
A PDT também pode ser usada para tratar o câncer metastático, em combinação com a cirurgia, para ajudar a alcançar áreas que de outra forma não seriam acessíveis. PDT é um tratamento versátil que pode ser usado em uma variedade de cenários para tratar o câncer de pele com segurança e eficácia.
Terapia gênica
A terapia gênica é um caminho promissor para o tratamento do câncer de pele, uma série de ensaios clínicos foi realizada recentemente para avaliar o potencial da medicina genética na oncologia dermatológica. Nessa abordagem, as sequências de genes saudáveis são entregues ao tecido canceroso por meio de um transportador, como um vírus não patogênico.
Uma vez inserido na célula, o novo material genético atua como uma espécie de ferramenta de “edição”, onde as mutações existentes são corrigidas, revertendo assim a progressão do câncer. Em alguns casos, genes terapêuticos também são adicionados para aumentar as respostas naturais do corpo contra o crescimento do câncer. Como resultado, as terapias genéticas para o câncer de pele têm o potencial de ser muito mais eficazes a longo prazo do que os tratamentos tradicionais.
Dezembro Laranja e inovação
Quando falamos de qualquer tipo de câncer, é fundamental mencionar a inovação. Não é diferente para o Dezembro Laranja. A inovação em oncologia é um fator chave na luta contra o câncer. Novos regimes de tratamento, tratamentos extras e até mesmo imagens e diagnósticos aprimorados são essenciais para melhorar as taxas de mortalidade, reduzir o tempo de tratamento e melhorar a qualidade de vida daqueles que foram diagnosticados com câncer.
Desde o desenvolvimento de novas quimioterapias até intervenções clínicas em estágio avançado, novas técnicas podem oferecer esperança e melhores resultados aos pacientes que estão navegando no labirinto dos tratamentos contra o câncer. A inovação também é vital para reduzir os custos associados a tratamentos avançados. Ao introduzir diagnósticos e tratamentos inovadores, é possível aumentar o acesso dos pacientes a terapias avançadas.
Além disso, a introdução de novos avanços no campo da oncologia pode reduzir o risco de diagnósticos adicionais de câncer devido a diagnósticos incorretos ou diagnósticos tardios. As inovações desafiam os tratamentos tradicionais e fornecem terapias mais eficientes e econômicas, o que leva à economia de custos para os profissionais de saúde e pacientes.
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