A infecção humana pelo HIV tem sido uma questão de preocupação mundial desde que foi identificada pela primeira vez nos anos 1960. Embora uma cura ainda não tenha sido descoberta, os avanços no tratamento do HIV representam uma das maiores histórias de sucesso da medicina desde então.
Com o desenvolvimento de medicamentos e terapias modernas, as pessoas que vivem com o HIV podem agora viver mais tempo e vidas mais saudáveis do que nunca. Para homenagear o Dia Mundial da Luta contra a AIDS, discutiremos a história da pesquisa contra a doença e os últimos desenvolvimentos em tratamentos do HIV. Não perca!
Evolução do tratamento do HIV
Quase 30 anos após a descoberta das primeiras infecções do vírus HIV em humanos, os pesquisadores ainda não tinham desenvolvido um tratamento eficaz para o vírus. Foi somente em 1987 que o primeiro medicamento anti-HIV, zidovudina, foi introduzido. A zidovudina, agora comumente conhecida como AZT, foi usada para desacelerar a progressão da doença e prolongar as taxas de sobrevivência.
A primeira geração de medicamentos anti-HIV inclui esse e outros inibidores de transcriptase reversa de nucleósidos (NRTIs). Embora tenham se mostrado eficazes na redução da carga viral, eles também apresentam graves efeitos colaterais, incluindo náuseas, vômitos, dores de cabeça e danos ao fígado. Isoladamente, também tinham um alto risco de resistência. Com isso, os pacientes perdiam a capacidade de sustentar a supressão viral.
Infelizmente, os efeitos colaterais desses tratamentos eram frequentemente severos e resultavam na descontinuidade dos regimes de muitos pacientes. Alguns anos mais tarde, em 1996, o primeiro inibidor de protease foi aprovado pela FDA. Foi o primeiro medicamento a inibir a capacidade de multiplicação do HIV. Infelizmente, o alto custo deste novo tratamento impediu que muitos pacientes tivessem acesso a ele. No final dos anos 90 e início dos anos 2000, novas descobertas, tecnologias e pesquisas estavam revolucionando a maneira como podíamos tratar o HIV.
Em 2000, os resultados do primeiro estudo em larga escala de um novo medicamento chamado Combivir mostraram que os pacientes que usavam uma combinação de medicamentos antirretrovirais eram capazes de alcançar a supressão viral mais rapidamente do que aqueles que usavam apenas AZT. Na verdade, as taxas de supressão viral foram duas vezes mais altas entre aqueles que usavam Combivir.
Com a história da evolução do tratamento para o HIV, percebemos a importância da inovação não apenas para trazer novas terapias, mas também para otimizar sua acessibilidade. No senso comum, muitos médicos veem a tecnologia como um fator de aumento de custos na saúde, quando, na verdade, ela geralmente auxilia em sua redução.
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Vacinas contra HIV
Ao longo dos anos, os cientistas continuaram a trabalhar em novos desenvolvimentos que os ajudariam a criar uma vacina contra o HIV. No início dos anos 2000, muitas pesquisas em HIV começaram a concentrar seus esforços no desenvolvimento de uma vacina que fosse capaz de desencadear uma resposta duradoura, em vez de uma resposta de curto prazo.
Essa resposta de longa duração visa à “imunidade do rebanho”. A maioria dos esforços de desenvolvimento de vacinas contra o HIV está concentrada na criação de um imunizante”mosaico”, que combina proteínas de diferentes vírus HIV para desencadear uma resposta imunológica contra múltiplas cepas do vírus simultaneamente.
Geneterapia
A terapia genética é o processo de introduzir novos genes nas células de um paciente para prevenir ou tratar doenças. Atualmente está sendo testada para tratar várias doenças, incluindo hemofilia e certos tipos de câncer. A forma mais comum de terapia gênica envolve a remoção de células-tronco hematopoéticas (HSCs), as células da medula óssea que produzem células sanguíneas.
As HSCs são então tratadas com um vetor viral que transfere um novo gene para as células do paciente, editando a carga genética. Quando os HSCs tratados são transplantados de volta ao corpo do paciente, eles podem produzir células sanguíneas genotipica e fenotipicamente distintas das originais.
Contudo, até o momento, os cientistas ainda não encontraram uma maneira eficaz de usar a terapia genética para tratar o HIV.
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O impacto dos novos tratamentos de HIV
A introdução de tratamentos mais eficazes e inovadores tem tido um impacto significativo no tratamento do HIV. Novos tratamentos de HIV ajudaram a reduzir a taxa de transmissão do HIV, aumentaram as taxas de sobrevivência das pessoas vivendo com HIV e diminuíram a quantidade de HIV no sangue em pacientes que estão tomando seus regimes com sucesso, conforme prescrito. Todos esses fatores estão levando a uma redução na morbidade e mortalidade relacionadas ao HIV.
Os avanços no tratamento do HIV têm sido particularmente significativos para aqueles que vivem com o vírus e que se encontram nos estágios iniciais da infecção. Eles foram capacitados com as ferramentas e recursos para melhor administrar sua condição, permitindo-lhes viver vidas mais longas e mais saudáveis enquanto retomam suas vidas.
Além disso, novos desenvolvimentos nos métodos de prevenção do HIV, tais como a profilaxia pré-exposição (PrEP) e a profilaxia pós-exposição (PEP), proporcionaram às pessoas novas ferramentas para se protegerem do vírus.
Com novas descobertas, tecnologias e pesquisas, há esperança de que o tratamento do HIV continuará a melhorar e evoluir para melhor atender às necessidades dos pacientes. Isso contribuiria em muito para ajudar a erradicar o HIV de uma vez por todas ou reduzir seu impacto na saúde global.
O Dia Mundial da Luta contra AIDS e o futuro
A pesquisa do HIV percorreu um longo caminho desde os anos 80, quando o HIV foi identificado pela primeira vez. Hoje, as últimas inovações no tratamento do HIV estão focadas em proporcionar àqueles que vivem com o vírus uma melhor qualidade de vida e taxas de sobrevivência mais longas.
Com o desenvolvimento de terapias modernas e os avanços na pesquisa do HIV, as pessoas que vivem com o HIV têm a perspectiva de, um dia, se curar da condição definitivamente. De qualquer forma, os avanços que já fizemos estão permitiram que aqueles que vivem com o HIV pudesse retomar o controle de suas vidas, fornecendo-lhes as ferramentas e recursos para melhor administrar sua condição.
Além dos novos tratamentos para o HIV, foram feitos progressos significativos na pesquisa do HIV, particularmente no campo da prevenção do HIV. Com isso, o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS pode ser comemorado com otimismo e a lembrança da evolução conquistada pelas pessoas que vivem com esse vírus.