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Indústria farmacêutica e medicina: como a união desses dois segmentos gera valor ao paciente

A indústria farmacêutica é um dos principais stakeholders dos profissionais de saúde e uma área que está se transformando digitalmente para atender às novas demandas do setor. Assim,  indústria farmacêutica e medicina devem andar lado a lado, um prestando atenção na necessidade do outro para um melhor atendimento aos pacientes. 

Diego Santoro é head da franquia de oncologia e doenças raras da Novartis, empresa farmacêutica global que surgiu em 1996 por meio da fusão da Ciba-Geigy e da Sandoz, duas empresas seculares do setor. Ele é farmacêutico e iniciou a carreira atuando com desenvolvimento de produtos, passando rapidamente para desenvolvimento de projetos e hoje atuando em uma questão mais estratégica, de marketing e vendas. 

Segundo ele, a principal conexão entre indústria farmacêutica e medicina é o aprendizado constante, já que ambas são áreas que estão em frequente atualização, tanto na área dos produtos quanto na de marketing, desenvolvimento de projetos, comunicação, vendas, etc.

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A integração da indústria farmacêutica e a medicina 

A integração entre indústria farmacêutica e a medicina começa com a pergunta: “Como nós podemos inovar na maneira que a indústria farmacêutica entrega soluções para nossos principais clientes?”. Sendo esses principais clientes os pacientes finais, mas com intermédio do médico, é preciso que esses profissionais sejam especialmente ouvidos.

Assim, é preciso ouvir esses profissionais para que eles forneçam insights à indústria farmacêutica. E não somente no sentido de apontar para a indústria que medicamentos eles consideram mais eficazes e como está o andamento do tratamento de seus pacientes, mas utilizar da ciência de dados, enquanto um médico digital, para apontar novos caminhos para a indústria farmacêutica. 

E, para que esse raciocínio seja de fato empregado, unindo a indústria farmacêutica e a medicina, a tecnologia será bem-vinda, por meio principalmente de startups que possam criar soluções que consigam inserir principalmente a indústria farmacêutica no mundo digital.

Empreendedorismo na indústria farmacêutica

Assim, como empreendedores digitais podem trazer soluções para a indústria farmacêutica? Antes de abordar essa questão, Diego Santoro aponta o preconceito que existe no mundo todo com esse segmento. “Muitas pessoas acham que estamos escondendo a cura do câncer, que cobramos muito além do valor dos medicamentos, entre outras ideias infundadas”, diz o profissional. 

Por conta disso, mesmo dentro da indústria, criaram-se regras nas quais alguns dados não são compartilhados entre as áreas, principalmente entre as áreas médicas e de marketing. E em um contexto mundial de cada vez mais compartilhamento de dados, isso é um pouco difícil de lidar.

Assim, para Santoro, o futuro será quebrar essa barreira entre essas áreas, para que um forneça insights ao outro. Claro que sempre pontuando na questão de evitar o mau uso dos dados e trabalhando em prol da cocriação de melhores níveis de tratamento e serviços ao cliente.

Portanto, quem quiser ingressar nessa indústria precisa saber da existência dessa limitação, mas que isso está mudando e, inclusive, precisa mudar – quem sabe esse novo empreendedor não faça parte dessa mudança? É também necessário reimaginar o papel do médico na indústria farmacêutica, e por isso, quanto maior a atuação de médicos nesse segmento, melhor. E, lógico, aprendizado contínuo, sempre. Buscar o chamado conhecimento “fora da caixa” e pensar em soluções que agreguem mais valor à indústria, ao médico e, principalmente, aos pacientes.

Médicos que atuam na indústria farmacêutica: qual é o perfil desses profissionais?

Continuando a abordar a necessidade da interação entre  indústria farmacêutica e a medicina, como os médicos podem entrar nesse segmento e auxiliá-lo a vislumbrar novos caminhos na era digital? Como eles podem agregar valor às suas carreiras, à indústria e aos pacientes? Quais são as características necessárias para que ele atue nesse setor? 

Para responder a esse questionamento, citamos o exemplo do profissional André Bressan. Bressan é um médico com especialização em pediatria, que atua há 5 anos atua na indústria farmacêutica. Segundo ele, para atuar nessa área, o médico precisa ter um perfil curioso, saber as regras e leis dessa indústria, ter uma boa atuação em equipe (de todas as áreas e níveis) e flexibilidade para entender o olhar do outro, além de conhecimento sobre negócios em geral. Segundo ele, essa indústria ainda está muito atrasada na questão digital e, portanto, médicos que já tenham essa cultura digital são os mais valorizados no setor.

Você é médico e gostaria de expandir sua carreira para a área da indústria farmacêutica? Ficou curioso sobre a questão da conexão entre indústria farmacêutica e a medicina?  Ouça o podcast na íntegra “Papo com o Boss: Diego Santoro – Novartis” e saiba mais sobre o assunto. Para mais podcasts sobre medicina e inovação digital, acesse a página de podcasts do Saúde Digital!

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