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Todo médico é rico? 

Ao contrário do mito do senso comum, a maioria dos médicos não é rica. Em geral, eles são profissionais com um alto salário, o que os insere na classe média alta, mas não na condição de riqueza real. Então, é possível que você já se tenha feito a pergunta: “Por que não fico rico com minha ocupação?”.

Esse é o tema que abordaremos aqui neste post, no qual você vai entender:

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Por que os médicos não ficam ricos? 4 erros financeiros cometidos por eles

Veja os principais gargalos que impedem os médicos de ficarem ricos.

1. Ciclo financeiro do médico

Especialistas de finanças médicas perceberam que muitos médicos passam pelo mesmo ciclo financeiro disfuncional:

  • Trabalham sem ter nenhum planejamento financeiro a longo prazo;
  • Para manter um alto padrão de vida, endividam-se progressivamente;
  • À princípio, conseguem manter um fluxo de caixa positivo, pois começam a pegar mais plantões e a manter múltiplos empregos;
  • Com isso, surge uma falsa sensação de segurança financeira. Então, mantém um endividamento crescente;
  • Em poucos anos, eles não têm mais tempo para pegar mais trabalho e enfrentam uma rotina exaustiva;
  • Por fim, muitos adoecem e têm de diminuir seu ritmo ocupacional, o que reduz a renda. Contudo, eles já contraíram um volume de dívidas significativo, então o fluxo financeiro se torna negativo e eles enfrentam a falência pessoal.

2. Vulnerabilidade a golpes financeiros

A ilusão de que há um pote de ouro no fim do arco-íris é um dos problemas financeiros mais frequentes nos médicos. Em consequência, aportam seu capital em investimentos com promessas de retorno alto e rápido. 

Por esse motivo, nos Estados Unidos, existe um provérbio entre alguns médicos: “Nós atraímos dois tipos de problemas: os processos judiciais e as fraudes financeiras.”

A falta de tempo para se dedicar às finanças e o alto nível de estresse profissional fazem com que os médicos caiam no canto da sereia de péssimos investimentos. Afinal, todos eles apresentam uma promessa comum: retorno financeiro elevado, rápido e fácil.

Essas escolhas ruins podem abranger pontos mais sutis como:

  • fundos de investimentos com relatos de lucratividade com crescimento praticamente exponencial;
  • agências de marketing que prometem ajudá-lo a triplicar o número de pacientes em um mês;
  • gerentes e corretores de investimentos que prometem “mundos e fundos”;
  • programas de mentoria sem qualificação técnica. 

3. O sonho de ficar rico ao investir na Bolsa de Valores

Sabe o que determina o sucesso em ações de capital de risco? Conhecimento técnico, experiência e tempo. Normalmente, são coisas que faltam ao médico e não existe nenhum curso rápido online que possa suprir. 

Quem fica realmente rico na bolsa de valores é o investidor em tempo integral. É quem conhece os indicadores financeiros, contábeis, micro e macroeconômicos que predizem as variações. É quem passa todo o dia atento ao noticiário financeiro para entender os riscos.

É quem tem networking para saber as especulações sobre o mercado antes que elas sejam divulgadas no noticiário.

Com isso, não estamos desestimulando que você invista uma parte do seu capital em ações. Ela pode trazer ganhos significativos. No entanto, um médico com pouco tempo provavelmente não lucrará a ponto de se tornar rico a menos que se torne um investidor profissional.

Para ficar rico, é melhor que você invista em algo em que você tenha know-how.

4. Foco excessivo na carreira tradicional

O médico é praticamente doutrinado durante toda a sua formação para seguir o caminho padrão:

  • Formar;
  • Fazer residência;
  • Ter um consultório próprio, fazer concurso público ou trabalhar para uma empresa privada.

Até alguns anos atrás, era possível ficar relativamente rico seguindo essa trajetória. Mas esse período de ouro da medicina já passou: é improvável que um médico se torne rico com as carreiras clínicas e cirúrgicas tradicionais.

Existem algumas alternativas interessantes que permitem novos horizontes financeiros para o médico entre as quais:

  • Telemedicina e saúde digital — incorporação das tecnologias virtuais para a oferta de serviços médicos inovadores;
  • Empreendedorismo privado — abertura de um próprio negócio ou participação societária em uma empresa com uma proposta de valor única e relevante;
  • Inovação tecnológica — atuação na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de saúde;
  • Comunicação médica — produção e divulgação de conteúdos ricos na área médica, entre outras possibilidades.

Como se tornar um médico rico?

Não existe uma fórmula. Caso contrário, todos os médicos estariam ricos. 

As dicas de Tom Burns MD

Em seu livro, Why doctors don’t get rich, ele propõe que o problema dos médicos é o mindset que não promove a riqueza. Então, ele elege 11 pontos que podem reverter essa situação:

  1. O poder do pensamento — a capacidade de inovar e se adaptar;
  2. Dinheiro é apenas uma ferramenta — é somente um meio para você atingir seus valores;
  3. Domine o seu ego;
  4. Cultive a humildade;
  5. Tenha uma atitude positiva;
  6. Tome cuidado com suas palavras;
  7. Desenvolva disciplina e cultive bons hábitos;
  8. Estabeleça metas;
  9. Crie um foco;
  10. Desenvolva a persistência;
  11. Sempre cresça.

Aproveite a sua experiência como médico

Em vez de partir do 0 em uma área que você não conhece bem, comece por caminhos onde você tem um know-how significativo como: 

  • experiência clínica;
  • conhecimento técnico;
  • networking bem estabelecido;
  • entendimento das dores e expectativas do público-alvo, pacientes ou outros médicos, entre outras possibilidades.

Em alguns casos, o profissional já tem um consultório bem estabelecido, alto volume de pacientes e cobra um valor de consulta elevado. O que falta possivelmente é o saneamento da gestão e a reformulação do modelo de negócios do seu consultório ou da sua clínica, especialmente para incorporar elementos da saúde digital.

Em outras situações, há uma vontade de partir para o investimento em capital privado. Ao invés de investir em ações em áreas que você não tem nenhum domínio, aporte seu dinheiro na participação societária ativa (venture capital) em serviços inovadores de saúde.

Nessa modalidade, você não precisa ficar em um papel passivo, esperando a valorização dos papéis. Você se incorpora na gestão do negócio, oferecendo seu know-how e sua rede de contatos. 

Desenvolva um pensamento inovador e empreendedor

O pensamento é o principal capital que um médico, especialmente a capacidade de inovação. Para inovar em qualquer caminho que indicamos acima, é preciso seguir alguns passos:

  • Entenda as dores do seu público;
  • Analise se essas dores estão sendo resolvidas com as soluções disponíveis atualmente;
  • Avalie sua ideia de solução e veja se ela realmente resolve, de forma mais completa e definitiva, as dores do seu público;
  • Amadureça sua ideia. Por melhor que ela seja, inicialmente, você ainda precisa testá-la por diversos pontos de vista. 

Há algumas ferramentas que podem auxiliá-lo a estruturar um pensamento 

  • Pontos fortes — vantagens do seu projeto que o tornam melhor do que os dos concorrentes;
  • Pontos fracos — falhas do seu projeto que o tornam pior do que os dos concorrentes;
  • Oportunidades — eventos externos, parcerias e outros fatores que podem ser explorados para melhorar os seus resultados;
  • Ameaças — são os riscos que poderiam comprometer o sucesso da sua ideia.

A melhor ideia não é aquela que é melhor inicialmente, mas aquela que foi amadurecida, lançada rapidamente e aprimorada — esse é o conceito do produto mínimo viável, uma técnica de empreendedorismo e inovação.

Com uma mudança na sua atividade, o médico poderá sair de uma posição em que ele é refém das suas finanças para outra, em que ele cria um caminho viável para a riqueza. O sucesso financeiro não depende apenas das entradas em seu fluxo de caixa, mas da capacidade de empreender e inovar de forma sustentável a longo prazo.

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