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4 inovações no tratamento do câncer de mama

4 inovações no tratamento do câncer de mama – O carcinoma mamário é a segunda neoplasia maligna mais incidente em todo o mundo. Em 2020, estima-se que surgiram 2,3 milhões de novos casos, sendo responsável por 24,5% de novos diagnósticos oncológicos nas mulheres. Na população feminina, é a principal causa de óbitos por câncer, com uma mortalidade de 684.996 no último ano. 

Por esse motivo, todo médico deve estar alerta para os avanços diagnósticos e terapêuticos do câncer de mama. Os médicos de todas as linhas de cuidado precisam se atualizar sobre as inovações do câncer de mama. Oncologistas e mastologistas da atenção secundária precisam conhecê-las para incorporá-las a seus planos terapêuticos.

Profissionais da atenção primária precisarão compreender os novos tratamentos para o acompanhamento global da saúde e manejo de interações medicamentosas por exemplo. Por esse motivo, preparamos uma comunidade, o Clube da Mama, para todos os médicos. Nela, eles encontrarão videoaulas, podcasts, artigos comentados, reuniões clínicas, fóruns de discussão e muito mais!

Veja neste post alguns temas que poderão ser discutidos no Clube da Mama. Acompanhe!

Inovações em exames de imagem

A mamografia tridimensional (3D), também conhecida como tomossíntese mamária, vem sendo testada em diversos estudos clínicos. Coletam-se imagens em diferentes cortes das mamas da paciente, assim como é feito nas tomografias (porém com uma quantidade de radiação reduzida). Depois disso, elas são reconstruídas em uma imagem 3D por um software de processamento gráfico. 

Com isso, surge a promessa de melhorar a sensibilidade e a especificidade da mamografia. Ao mesmo tempo, esses benefícios devem ser acompanhados devido ao risco de levarem ao sobrediagnóstico. 

Por esse motivo, a atualização adequada do médico é essencial, visto que as novidades são revisadas por profissionais experientes. 

Novas terapias principais e adjuvantes

Até alguns anos atrás, contávamos com um arsenal bastante reduzido para o plano terapêutico das pacientes com câncer de mama. A mastectomia geralmente era radical, com a retirada de toda a cadeia de linfonodos que drena as mamas. A quimioterapia e a radioterapia eram mais restritas com poucos fármacos disponíveis. 

Com o tempo, por exemplo, as técnicas de identificação de linfonodos satélites, os exames contrastados e o PET-SCAN permitiram a realização de terapêuticas menos agressivas. A caracterização do perfil de sensibilidade dos tumores às medicações pelos biomarcadores celulares também trouxeram uma maior taxa de sucesso aos tratamentos devido a uma maior individualização do tratamento, a terapia-alvo. 

Ao mesmo tempo e com base na caracterização dos biomarcadores, a hormonioterapia e a imunoterapia foram acrescidas aos planos terapêuticos. Consequentemente, os tratamentos se tornaram mais complexos com a aprovação de novas terapêuticas principais e adjuvantes.

Hoje em dia, a personalização do tratamento envolve a identificação e classificação do genótipo e/ou do fenótipo dos tumores, como a seguir:

  • tumores positivos para os receptores hormonais (como o estrogen receptor e/ou progesterone receptor), que podem se beneficiar da terapia hormonal;
  • tumores positivos para o receptor do fator de crescimento epidermal humano 2 (HER2), que podem ser tratados com a terapia-alvo para o HER2;
  • tumores triplamente negativos. 

A terapêutica pode ser individualizada a partir da classificação de cada um desses tipos e do estadiamento por exemplo. Com isso, mesmo tumores irressecáveis podem ser tratados para controlar a evolução da doença e melhorar a qualidade dos pacientes. Estamos diante de um cenário de cronificação das neoplasias mamárias. 

Testes de expressão gênica e de outros marcadores moleculares

Os testes de avaliação da expressão gênica tumoral fazem, cada vez mais, parte da rotina dos médicos envolvidos no cuidado das pacientes oncológicas. Além de poderem ser empregados na classificação acima, as pesquisas vêm mostrando o seu papel como marcadores de prognósticos terapêuticos específicos e gerais.

Grandes promessas para uma personalização ainda maior do diagnóstico e do tratamento são:

  • a proteômica;
  • a  genômica da linha germinal;
  • a metabolômica.

Nanotecnologia

Até pouco tempo, os veículos farmacológicos recebiam pouca atenção, porém a nanotecnologia vem mudando esse cenário. Com ela, é possível encapsular o princípio-ativo, que é ativado apenas nas células-alvo. Desse modo, os efeitos colaterais sistêmicos têm seu risco diminuído, enquanto a eficácia do fármaco pode aumentar.

Ademais, o uso de nanopartículas para a sinalização celular também vem recebendo atenção. Essas moléculas potencialmente podem marcar as células tumorais para que elas sejam identificadas e eliminadas pelos mecanismos citotóxicos imunológicos.

Todas essas inovações em lançamento e em pesquisa mudarão significativamente os protocolos e diretrizes futuras. Para se antecipar e melhorar o cuidado com os pacientes, o médico terá acesso a discussões dessas novidades com os grandes referências em mastologia do Brasil. Então, não deixe de conferir o Clube da Mama lá no SD Conecta! Clique aqui e participe!

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