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Healthtechs, ou empresas de tecnologia da saúde, são empresas ou startups que usam tecnologia para melhorar vários aspectos do sistema de saúde. Isso pode abranger uma ampla gama de aplicações, desde a telemedicina até a inteligência artificial. Essas empresas buscam usar a tecnologia para:

  • aumentar a eficiência dos cuidados de saúde,
  • reduzir custos,
  • aumentar o acesso à saúde,
  • melhorar a precisão dos diagnósticos e tratamentos, e 
  • proporcionar melhores resultados para os pacientes.

Em resumo, elas buscam  otimizar, inovar e, de maneira mais ampla, reinventar os sistemas e serviços de saúde. Quer saber mais sobre elas? Acompanhe!

Subdomínios do ecossistema de inovação em saúde

Temos um campo amplo e multifacetado, abrangendo uma variedade de subdomínios, incluindo:

Telemedicina

Permite a prestação remota de serviços de saúde, tornando mais acessível para pessoas em áreas remotas ou com poucos profissionais de saúde. Isso pode envolver consultas médicas virtuais, monitoramento remoto de pacientes e outras formas de assistência à saúde que não requerem presença física;

Informática em Saúde

Concentra-se na coleta, organização e análise de dados para melhorar a assistência ao paciente. Isso inclui prontuários eletrônicos de saúde, sistemas de informação hospitalar e sistemas de apoio à decisão clínica ;

Saúde Móvel (mHealth)

Envolve o uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, para apoiar a prática de cuidados de saúde. Isso pode variar desde aplicativos de saúde e bem-estar até tecnologia vestível que monitora indicadores de saúde, como a frequência cardíaca.

Inteligência Artificial (IA) na Saúde

IA e aprendizado de máquina estão sendo cada vez mais aplicados na saúde, com algoritmos que podem ajudar a diagnosticar doenças, prever resultados de saúde, personalizar tratamentos e até mesmo auxiliar na descoberta de novos medicamentos.


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Biotecnologia

Pode se concentrar na pesquisa e desenvolvimento de terapias genéticas, medicamentos biológicos, diagnósticos moleculares ou ferramentas de edição de genes, como CRISPR. O trabalho dessas startups é frequentemente caracterizado por um alto grau de inovação e risco, mas também tem o potencial de criar soluções de grande impacto, desde novos tratamentos para doenças até métodos mais sustentáveis de produção de alimentos ou energia.

O cenário das startups

A seguir, apresentamos algumas estatísticas do importante Distrito Healthtech Report 2022. 

Crescimento das healthtechs

De acordo com o relatório, os investimentos em healthtechs têm crescido significativamente nos últimos anos. Desde 2020 até agora, o valor investido no setor de healthtechs representa 72,3% do valor total investido na última década. 

Em 2019, já se havia apresentado um valor maior investido em relação aos anos anteriores, mas a pandemia fez com que os investimentos aumentassem em 5,1% no ano seguinte (2020) e 37,1% no ano de 2021.

Áreas de atuação dentro do ecossistema de saúde

Veja as áreas de atuação das startups brasileiras:

  • Gestão e PEP: 28.44%
  • Acesso à Saúde: 12.46%
  • Telemedicina: 11.96%
  • Medical Devices: 6.53%
  • Diagnóstico: 6.53%
  • AI & Big Data: 6.53%
  • Fitness & Bem-Estar: 6.23%
  • Engajamento do Paciente: 5.73%
  • Farmacêutica: 5.03%
  • Redes de Clínicas: 3.72%
  • P&D: 3.02%
  • Próteses e órteses: 2.11%
  • Infraestrutura: 0.9%
  • Cannabis: 0.8%.

Estatísticas são sempre um retrato do passado. Elas ajudam a guiar as escolhas dos empreendedores, mas é preciso saber para onde o vento está rumando. Será que o cenário futuro será parecido com o atual?

O que deve mudar?

Desde que foi lançado, o Chat GPT tem revolucionado a área da tecnologia. Em menos de 1 ano desde seu lançado, já há milhares — repito — milhares de soluções baseadas no Chat GPT. Eu não me lembro de ter visto um crescimento tão grande (e em tão pouco tempo) no mercado. Já há ferramentas baseadas no Chat GPT para ler PDFs, criar apresentações, criar vídeos, organizar tarefas, automatizar tarefas etc. É só questão de tempo até elas chegarem na medicina, as healthtechs que avançarem sobre a tendência vão lucrar bastante. Por isso, acredito que ela acabará sendo a líder do setor em pouco tempo. 

Mas como ela funciona?

A inteligência artificial generativa (GAI) refere-se ao subconjunto de técnicas de aprendizado de máquina que envolve a criação de novos dados ou modelos que podem imitar ou replicar os padrões encontrados nos dados de entrada. Estas técnicas de IA são “generativas” porque produzem (geram) algo novo a partir dos dados que lhes são fornecidos.

Existem várias técnicas e modelos associados à GAI, mas os dois mais conhecidos são provavelmente as redes adversariais generativas (GANs) e os modelos autoregressivos, como o GPT-4, do qual sou um exemplo.

As GANs consistem em duas redes neurais profundas concorrentes: um “gerador” que cria novos dados, e um “discriminador” que tenta distinguir os dados gerados dos dados reais. As duas redes são treinadas em conjunto, com o gerador aprendendo a produzir dados cada vez mais convincentes à medida que o discriminador aprende a discernir cada vez melhor entre os dados reais e os falsos.

Os modelos autoregressivos, por outro lado, são treinados para prever a próxima entrada em uma sequência, dadas as entradas anteriores. No caso do GPT-4, o modelo é treinado em enormes volumes de texto e aprende a prever a próxima palavra em uma frase. Isso permite que o modelo “escreva” texto de forma coerente, pois ele aprende não apenas o vocabulário, mas também a gramática, o estilo e até mesmo alguns dos fatos e ideias presentes nos textos em que foi treinado.

A IA generativa tem uma ampla gama de aplicações, desde a criação de imagens realistas, à geração de texto, música e, até mesmo, a criação de novos modelos de design de produtos. 

Em quais aplicações poderão estar essas oportunidades?

A inteligência artificial generativa (GAI) tem o potencial de criar um grande impacto na área da saúde. Veja algumas aplicações que considero bem promissoras:

  • Geração de conteúdo médico: a IA generativa pode ser usada para criar conteúdo médico, como artigos ou relatórios, resumos de prontuários médicos ou informações personalizadas para pacientes. Isso pode economizar tempo para os profissionais de saúde e proporcionar informações mais personalizadas e acessíveis para os pacientes.
  • Desenvolvimento de tratamentos personalizados: algoritmos de IA generativa podem ser usados para analisar grandes conjuntos de dados de pacientes para desenvolver terapias personalizadas. Por exemplo, algoritmos genéticos podem ser usados para projetar tratamentos de câncer personalizados, adaptando-os ao genoma do paciente e ao perfil tumoral.
  • Chatbots de saúde: os modelos generativos podem ser usados para criar chatbots avançados para aconselhamento de saúde. Esses chatbots podem ser programados para entender sintomas descritos em linguagem natural e fornecer conselhos médicos básicos, direcionando o usuário para um profissional de saúde quando necessário.
  • Educação médica: a IA pode ser utilizada para criar cenários de treinamento médico. Por exemplo, pode gerar casos de pacientes sintéticos para treinamento de estudantes de medicina, permitindo que eles experimentem uma variedade de casos que podem não encontrar frequentemente na prática.

Porém, ao mesmo tempo, é essencial considerar as implicações éticas e de privacidade do uso da IA generativa na saúde. Por exemplo, o uso de dados sintéticos deve ser cuidadosamente gerenciado para garantir que não possam ser usados para reidentificar indivíduos a partir de seus dados de saúde. Da mesma forma, o uso da IA para gerar conteúdo médico deve ser cuidadosamente verificado para garantir a precisão e a segurança do paciente.


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