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Inovação médica: tornando-se um médico empreendedor

Inovação médica: tornando-se um médico empreendedor:A inovação médica é um tema que precisa ser urgentemente discutido no Brasil. Nosso país tem todo o potencial para liderar a produção de tecnologias em saúde, mas não é bem assim. Infelizmente, nós estamos mal ranqueados em diversos indicadores de inovação em geral e o mesmo se verifica também na área médica.

Esses maus resultados surgem de problemas que vão de ponta a ponta:

  • as faculdades de medicina geralmente não oferecem disciplinas de inovação e empreendedorismo para graduandos;
  • durante nossa vida profissional, somos praticamente treinados para manter um pensamento rígido dentro de carreiras tradicionais a fim de manter uma reserva de mercado; 
  • raramente nossos órgãos representativos demonstram uma visão ampliada da medicina — com divulgação e incentivo de áreas de atuação voltadas para o aproveitamento de todo o potencial da Transformação Digital.

Por esse motivo, práticas essenciais como a telemedicina foram tardiamente implementadas diante da pandemia de Covid-19. Felizmente, algumas iniciativas louváveis vêm surgindo e oxigenando o cenário da inovação médica no Brasil. Quer saber mais? Acompanhe!

A inovação médica

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta um conceito simples, mas poderoso, sobre a inovação médica:

Desenvolvimento de novidades e aprimoramentos de políticas, sistemas, produtos, tecnologias, serviços e métodos de entregas que melhoram a saúde da população”.

A inovação médica teria como objetivo “melhorar a eficiência, a efetividade, a qualidade, a segurança e a acessibilidade” da nossa área. Ela ampliaria a nossa capacidade de promover a saúde, prevenir doenças, reabilitar os pacientes e melhorar a assistência e a terapêutica de ponta a ponta. Nesse sentido, a inovação em saúde seria uma das principais estratégias para alcançar uma cobertura universal de saúde em todo o mundo. 

 

Os obstáculos à inovação médica

Um dos grandes entraves à inovação médica é uma visão ultrapassada de que ela contribui para a desumanização do cuidado. Supostamente, a medicina ficaria à mercê do mercado — eleito o “grande vilão” em algumas narrativas estereotipadas.

No entanto, a própria OMS, com seu forte viés social, propõe um modelo de suporte à inovação em saúde baseado no seguinte tripé:

  • Inovação científica (pesquisa e desenvolvimento);
  • Inovação empresarial;
  • Inovação social. 

Ainda assim e mesmo com a realidade mostrando o oposto a essa crença, muitos profissionais pensam que a nossa população vulnerável ficará desassistida com a substituição do capital humano na medicina por tecnologias automatizadas e/ou inteligentes

Com isso, muitos resistem a qualquer iniciativa para modernizar nossa área. No entanto, não oferecem nenhuma alternativa viável para melhorar o acesso ao cuidado e a qualidade dos serviços.

Outros ainda pensam que modernizar vai substituir nossa mão de obra por máquinas ou ampliar excessivamente a concorrência entre os médicos. Por receio de não se adaptarem ao novo mercado, não se inovam e não deixam que a nossa prática evolua. 

Foi todo esse cenário, por exemplo, que resultou no fracasso da implementação da telemedicina antes da Pandemia. Agora, apesar de termos alcançado essa conquista, ainda não há uma maturidade digital suficiente para colher a performance de saúde digital que outros países têm.

As iniciativas de inovação médica no Brasil

Uma das grandes novidades positivas na inovação médica brasileira foi a criação de incubadoras e aceleradoras de startups médicas no país como:

  • em 2018, o Hospital Albert Einstein lançou a eretz.bio, que já investiu em mais de 30 startups de diversas áreas médicas desde a saúde digital até a biotecnologia e os dispositivos médicos;
  • no mesmo ano, a Dasa apoiou a criação da Cubo Health, uma empresa que hoje conta com 18 startups incubadas.

Com isso, vários médicos puderam contar com consultorias e mentorias em inovação, além do investimento necessário para implementar sua ideia de forma sustentável. Enquanto nossa formação não inclui a inovação, esse gap foi identificado e suprido pelo mercado. Espero que um dia alcancemos o tripé proposto pelos analistas em inovação e pela OMS em que as empresas, a sociedade e a ciência do Brasil reúnam seus esforços para a evolução da saúde brasileira.

Os prêmios de inovação médica

Uma das formas de fomentar a inovação é a oferta de reconhecimento a quem ousa empreender no Brasil. Por isso, o Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica tem sido oferecido sob curadoria da Veja Saúde. A premiação é dada a projetos que se destacaram na inovação em cada uma das seguintes categorias:

  • prevenção;
  • genética;
  • medicina diagnóstica;
  • tratamento
  • medicina social.

Apesar de sermos uma profissão ainda muito resistente à inovação médica, esta tem-se tornado mais presente dia a dia. Por isso, colega médico, não desanime por acreditar que não é capaz de inovar pelo fato de nunca ter tido acesso aos conhecimentos e habilidades empreendedoras. 

Há muita informação disponível gratuitamente, incubadoras que oferecem investimentos e mentorias para você implementar “aquela” ideia que pode impactar a medicina. 

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